Ambiciosa
Para aqueles
fantasmas que passaram,
Vagabundos a quem
jurei amar,
Nunca os meus
braços lânguidos traçaram
O vôo dum gesto
para os alcançar...
Se as minhas mãos
em garra se cravaram
Sobre um amor em
sangue a palpitar...
- Quantas panteras
bárbaras mataram
Só pelo raro gosto
de matar!
Minha alma é como
a pedra funerária
Erguida na
montanha solitária
Interrogando a
vibração dos céus!
O amor dum homem?
- Terra tão pisada!
Gota de chuva ao
vento baloiçada...
Um homem? - Quando
eu sonho o amor dum deus!...
Florbela Espanca
Nenhum comentário:
Postar um comentário