Alta noite...
Morre a luz do
“abat-jour”
Esperei-te e não vieste,
assim como
não vens, como nunca
virás.
Tenho os olhos a arder.
Paralysei o assomo
das minhas mãos, das
minhas ansias, dos meus ais.
De que serve evolar-se
este aroma
a serralho, do leito que
está só?
Ai! a dor
que me toma,
a angústia que me punge,
e não te causa dó.
Esperei-te e não vieste.
Aguardei tua vinda, a
ansiar por que chegasses.
O “abat-jour” foi
morrendo.
Minha sombra tomou a
expressão
de um cypreste.
O “abat-jour” foi
morrendo
na solidão.
E eu a ansiar por que
chegasses...
Bruno de Menezes
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